
Portugal
Portugal oferece ao geógrafo um manancial de meditações fecundas. Em contacto com o mundo atlântico e o mundo mediterrânico, pedaço do antigo soco da Meseta Ibérica, mas agitado por abalos sísmicos procedentes dos abismos oceânicos, Portugal é realmente uma região singular de geografia física zonal. Mas é princi-palmente pela riqueza e variedade da vida regional que nos prende a atenção.
18.02€ 12.61€
Em stock
- Sobre o livro
- Detalhes do produto
Descrição
Portugal oferece ao geógrafo um manancial de meditações fecundas. Em contacto com o mundo atlântico e o mundo mediterrânico, pedaço do antigo soco da Meseta Ibérica, mas agitado por abalos sísmicos procedentes dos abismos oceânicos, Portugal é realmente uma região singular de geografia física zonal. Mas é princi-palmente pela riqueza e variedade da vida regional que nos prende a atenção.
Informação adicional
Peso | 0.28 kg |
---|---|
ISBN | 978-972-24-1291-4 |
Dimensões | 17 × 24 cm |
Número de Páginas | 152 |
Encadernação | Capa Mole |
Faixa Etária | Todas as idades |
Produtos Relacionados
-
A Carbonária em Portugal, 3.ª edição
O estudo das organizações secretas está limitado, como é natural, pelo seu carácter reservado, pela quase inacessibilidade ou inexistência de documentos que nos permitam olhá-las como simples objecto de investigação. Se não é fácil escrever sobre a Maçonaria, ainda é mais difícil estudar a complexa trama de sociedades secretas que, inspirando-se nela, no plano formal, tinham objectivos diferentes, situando-se até em pólos diametralmente opostos. Uma dessas organizações foi a Carbonária, que terá nascido em Nápoles, em plena Restauração, fundada por Pierre Joseph Briot, antigo conselheiro de Joaquim Mura, e que fizera parte da Associação dos Bons-Primos Carbonários, possivelmente com ligações ao Iluminismo bávaro e à Maçonaria. Fortemente implantada em Itália e em França, a Carbonária arregimentou elementos descontentes com o rumo da Europa depois do Congresso de Viena. Em Portugal, é assinalada a existência de uma organização carbonária no início da década de trinta do século XIX, possivelmente com origem em emigrados liberais refugiados em Paris. Intermitentemente, ao longo da centúria de Oitocentos, surgem referências mais ou menos difusas à existência da Carbonária, nas décadas de quarenta e de cinquenta, tendo como centro irradiador a cidade de Coimbra. Procuramos, neste livro, estudar, com as limitações já referidas, duas organizações carbonárias, ambas fundadas nos finais do século XIX, e que tiveram um papel determinante na preparação do advento da República: a Carbonária Portuguesa e a Carbonária Lusitana.
16.43€11.50€ -
A Formação Histórica do Salazarismo
Quando tomou posse da pasta das Finanças a 28 de Abril de 1928, Oliveira Salazar não trazia consigo uma brilhante e intensa carreira política. Surgia apenas como um reputado especialista financeiro a quem era pedido que equilibrasse o orçamento e as contas públicas e reformasse a administração. Nada mais. Cansada de hipocrisias e especulações, muita gente apoiou este homem distante e reservado, a quem não se conheciam ambições políticas porque sempre dissera que as suas ambições se limitavam às aulas e ao convívio com os amigos. Depressa os resultados do seu trabalho se viram. Em pouco tempo cumpria os desígnios para os quais tinha sido chamado. Ao fazê-lo, conquistava pessoas e influências. Aos poucos os seus apoios multiplicaram-se, estendendo-se dos meios monárquicos e católicos até um importante grupo republicano-maçon da zona centro de Portugal. Com este trabalho procura-se estudar as circunstâncias históricas que levaram Oliveira Salazar de ministro das Finanças a chefe de Governo, com poderes que desde o fim da Monarquia mais nenhum ministro teve. Propomo-nos assim conhecer e compreender o curso dos acontecimentos e as discussões ideológicas, políticas e económicas, que sacudiram o país de 1928 a 1932.
11.07€7.75€ -
A Casa Palmela
Outubro de 1838. D. Pedro de Sousa Holstein, primeiro Duque de Palmela e eminente diplomata, era acusado pela imprensa internacional de ter raptado D. Maria Luísa Sampaio, orfã do Conde da Póvoa e Senhora de uma fortuna invejável, quiçá a mais rica herdeira do Portugal de então. Dezasseis anos antes, havia sido promulgada a primeira Constituição Portuguesa que, apesar da sua curta vigência, instituiria uma Monarquia Constitucional e traria novos desafios à aristocracia, não lhe consagrando quaisquer prerrogativas especiais como até então possuía. Analisar as estratégias de afirmação que permitiram a esta Casa desempenhar os principais cargos palatinos e ser detentora de uma importante pujança financeira nas vésperas da implantação da República possibilitará um melhor conhecimento acerca da aristocracia portuguesa de século XIX.
19.48€13.64€ -
História Diplomática de Portugal. Uma Cronologia
Grandes historiadores, como Marc Ferro e Joel Serrão, subscreveram títulos de história cronológica. Quer isto dizer que continuam a justificar-se, inequivocamente, obras de referência desta natureza e com estas características. (Não é a história a “ciência dos homens no tempo”?) A História também se tece com estes fios. Não nos iludamos: são tão necessários os trabalhos com um pendor mais explicativo, como estes que vivem essencialmente de factos e de aconteci-mentos. Até porque esta história factual (à falta de melhor palavra) é fundamental para a construção de uma outra mais “complexa”, mais conceptual. São duas dimensões que se complementam. E se é importante encontrar uma certa lógica das evoluções e procurar grandes explicações (estruturais), é também essencial reafirmar “o papel do Acontecimento”, da curta duração, do que se agita à superfície, em suma, “reabilitar o fortuito, restituir importância ao singular” e reafirmar o protagonismo dos indivíduos (René Remond). É esta dimensão da história que se cultiva, exemplarmente, neste trabalho do Embaixador Castro Brandão. Na sequência da já extensa lista bibliográfica do autor – com especial ênfase em títulos relacionados com a cronologia e as relações internacionais –, eis mais uma obra de referência e de consulta obrigatória. “Uma cronologia”… – aceita-se o subtítulo, por justificados receios… De facto, se a história é sempre uma escolha – e escrever é seleccionar e optar –, inevitáveis ausências e silêncios detectam-se ainda mais em trabalhos como este. Mas, ao pensarmos no fôlego da obra, no manancial e quantidade de elementos, de dados e de pormenores, na qualidade e na diversidade da informação e das informações – desde os grandes tratados às (só aparentemente) singelas efemérides –, ao pensarmos em tudo isto, creio que estamos, neste momento, no campo da história diplomática, na presença de a cronologia… Não sabemos que mais admirar neste escrito (uma vez mais pioneiro): se o infatigável labor, se o trabalho de pesquisa e de inventariação, se a riqueza, se o rigor, se a minúcia… Obra essencial, que tem tanto de valiosa como de útil, para historiadores e especialistas – sobretudo para os que privilegiam as relações internacionais –, mas também para o grande público que não deixará de encontrar respostas para muitas perguntas… As cronologias de qualidade continuam a ser preciosos instrumentos de trabalho para todos os que se interessam pela História. Augusto José Monteiro
34.98€24.49€ -
A Questão Religiosa na I República
A 5 de Outubro de 1910 era proclamada a República em Portugal. Corroída por uma profunda crise a monarquia cedia. Iniciava-se a perseguição às ordens religiosas e aos seus membros, acusados de responsáveis pelo atraso do País. Três dias depois da vitória republicana o Governo Provisório ordenava a aplicação integral da legislação do Marquês de Pombal e de Joaquim António de Aguiar sobre associações religiosas e conventos. Rapidamente o novo Executivo suprimia o juramento religioso e os actos civis na Faculdade de Teologia da Universidade de Coimbra, extinguia o ensino da doutrina cristã nas escolas primárias, ordenava que deixassem de existir os feriados em dias santificados, decretava o divórcio e novas leis sobre o casamento e a protecção dos filhos, etc. A 20 de Abril de 1911 chegava a hora de ser publicada a tão desejada, por uns, e a tão temida, por outros, Lei da Separação do Estado das Igrejas. A 1.ª Guerra mudou muita coisa. As crenças e a fé religiosa revigoraram. As quaren-tenas espirituais, as procissões, os abaixo assinados para que o Corpo Expedicionário que seguia para França incorporasse capelães militares, etc., intensificaram-se. Depois surgiram as aparições de Fátima. Com Sidónio Pais a Igreja Católica ganhou espaço e viu a Lei da Separação ser suavizada e as relações diplomáticas entre Portugal e o Vaticano restabelecidas. Depois de Sidónio e da Monarquia do Norte, a Igreja tomou consciência que seria de outra forma que teria de defender os seus interesses. A 18 de Dezembro de 1919 Bento XV dizia aos católicos portugueses que a Igreja não devia estar sujeita a facções nem servir os partidos políticos, antes lhe competia exortar os fiéis a obedecerem ao Governo, “seja qual for a Constituição Política”. Os bispos, o clero e o Centro Católico adaptaram os seus comportamentos e discursos a essa orientação. A Igreja e as suas organizações passavam a defrontar os grupos radicais anticlericais, e os monárquicos-católicos, que os acusavam de apoiarem a República maçónica e laica. Por entre revoltas, conspirações, greves, assaltos a estabelecimentos comerciais, atentados à bomba e a tiro, etc., a República agonizava. A desordem persistia e com ela novos tempos se anunciavam. A Igreja, por processos constitucionais, aproveitava esse caos e movimentava-se para reassumir o peso que tivera na sociedade portuguesa.
25.44€17.81€