Do autor
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Um Novo Rumo para o Desporto
Quando se analisa o desporto português, um dos seus traços mais significativos é o da ausência de ideias. Trata-se de um desporto sem ideias. Continua a viver- -se uma espécie de “situacionismo desportivo”, que se traduz por uma clara ausência de movimentos de opinião e de projectos que indiciem uma decisiva transformação da realidade desportiva nacional. Se exceptuarmos as questões do futebol profissional, é difícil indicar duas ou três questões que nos últimos anos tenham animado debates, suscitado polémicas, e ajudado a construir perspectivas alternativas sobre a vida desportiva nacional. Os textos agora editados foram publicados no jornal Record entre 1996 e 2000. Foram seleccionados a partir de uma matriz comum: as relações do desporto com a política como tema geral e as políticas desportivas nacionais como contexto próprio para essa apreciação. As circunstâncias do momento tornam excessivamente datados alguns dos escritos. É um dos riscos de quem escreveu sobre o quotidiano da política desportiva nacional. A vantagem será, porventura, a de se avaliar à luz das realidades actuais os comentários então feitos.
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Desporto, Política e Autarquias
O desporto como direito do cidadão, direito a ser exercido, é o grande desafio colocado às políticas desportivas locais. É a sociedade democrática e a lógica humanista que lhe deve estar inerente que justificam que se dê conteúdo prático a esse direito de cidadania. De todos e não apenas de alguns. Mais do que aceitar a lógica do apoio (aberto ou camuflado) à dimensão profissional do des-porto, o desafio político que se coloca às autarquias locais é o de conseguirem que as res-pectivas populações adquiram um estilo de vida activo onde a actividade física e o desporto sejam considerados como um meio de valorização individual e colectivo. É por isso que os recursos públicos disponíveis deverão ser canalizados prio-ritariamente para o desporto-prática.
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